Eduque-se: Emoções e Sentimentos – capítulo 8

Este é um dos meus temas preferidos, talvez pelo próprio processo de me auto-educar com as emoções e sentimentos, mas saiba que em um passado recente minhas emoções e sentimentos me causaram muitas dores e dissabores, porém hoje venho transformando em sabedoria, paz, felicidade e tem sido um constante processo de aprendizado com leveza e boa dose de bom humor.

E para começar, vamos entender e organizar a diferença entre emoção e sentimento, porque mesmo no dicionário os significados são parecidos, mas na realidade são bem diferentes.

*Todos os créditos e fontes pesquisadas se encontram no final desse artigo.

Mas o que são emoções???

São nossas reações instintivas que acontecem em nosso corpo, o qual não temos controle mas podemos perceber pela manifestação e como se expressam. É fácil perceber nossas emoções; coração acelera, as mãos suam, os músculos se contraem ou falta o ar. Fica mais fácil identificar quando nos sentimos apaixonados por exemplo, ou irritados, indignados etc e  não dá para esconder ou disfarçar muito bem nossa emoção, mas quais são elas ?

  • Paixão (tem muita emoção na paixão e essa pode se transformar em amor que é um sentimento)
  • Pânico;
  • Alegria;
  • Raiva;
  • Surpresa, etc.

E os sentimentos??? 

Já os sentimentos acontecem no campo da nossa mente e são as emoções do nosso corpo que formam nossos sentimentos.

Os sentimentos podem ser escondidos mais facilmente que a emoção, por exemplo quando escondemos algum sentimento de alguém como, tristeza, medo, ou ódio, etc, ou outro exemplo, quando assistimos grandes humoristas fazendo a gente gargalhar de rir, mas algumas vezes alguns deles podem estar profundamente tristes por dentro.

Quais são esses sentimentos?

  • Tristeza;
  • Medo;
  • Felicidade;
  • Ódio;
  • Inveja etc (todos eles e outros mais são resultados de emoções)

 

Arrependimentos

Quem nunca agiu pela emoção e disse coisas que depois se arrependeu profundamente?

Eu mesma já quebrei tanto minha cara, que resolvi estudar melhor o tema. Por isso venho me educando para envelhecer com uma “face” melhor e menos quebrada.

Quando sentimos raiva, medo, injustiça etc, somos tomados por um conjunto de emoções que podemos nos arrepender depois, como por exemplo, ofendermos ou sermos autoritários sem querer, julgar ou tomar as dores do outro reagindo sem se dar conta.

E como podemos nos educar nestas situações???

O processo é individual, mas particularmente minha educação tem sido uma construção escolhida e feita por mim a qual venho diariamente trabalhando a não reagir para qualquer situação por mais que eu me sinta incomodada. Simplesmente vou dormir e espero no mínimo 24 horas para observar melhor e nada como uma noite bem dormida para no dia seguinte avaliarmos a mesma situação com as emoções e sentimentos de forma equilibrada e racional.

Percebe que estou me educando em agir e não reagir?

*PS: isso não quer dizer que não escorrego na casca da banana, ainda escorrego muito, mais do que gostaria, mas levanto mais rápido que antigamente e busco o aprendizado com a situação.

O trabalhador, o playboy e nós

Um exemplo sobre como nossas emoções também podem ser influenciáveis. Na semana passada um vídeo viralizou nas redes sociais no Brasil sobre racismo com o motoboy Matheus Pires e o playboy Mateus Abreu Almeida Prado Couto (ambos com o mesmo nome e apenas um “H” para diferenciar), em um condomínio de alto padrão em Valinhos (SP).

Quando assistimos ao vídeo pela primeira vez somos tomados por uma série de emoções como; raiva, indignação, sede de justiça, muitas vezes reagimos e xingamos o playboy sem a menor compaixão.

O fato é que algumas pessoas podem ainda não saber, mas o playboy é esquizofrênico e sofre transtornos mentais o que não justifica o acontecido e não estou aqui defendendo ninguém, inclusive assumo minha parte porque eu também senti muita raiva do sujeito e não queria estar em sua pele pela vergonha que está passando, mas se assistirmos o mesmo vídeo pela segunda vez sabendo que ele é um ser doente com transtornos mentais podemos sentir nossas emoções de forma diferente e algumas pessoas poderão até desenvolver o sentimento da compaixão por exemplo, afinal e se esse playboy fosse alguém da nossa família?

Só quem tem alguém com transtornos mentais ou esquizofrenia sabe o peso que é.

Aprendizados

Essa história do motoboy e o playboy traz inúmeros aprendizados e cada um de nós é livre para fazer a sua escolha.

Julgar é mais fácil do que ajudar e consertar o estrago feito pelo impulso de reagir, pode dar mais trabalho.

E se escolhermos transformar o que chega até nós e não agirmos pela emoção?

“Não importa o que a vida fez com você, mas sim o que você fez e faz com o aquilo que a vida fez de você” (Jean Paul Sartre).

Na dúvida, basta se perguntar: ” e se fosse comigo ou com alguém que amo?”

“Sermos a mudança que queremos ver no mundo” (Mahatma Gandhi)

E se for para compartilhar ou viralizar, que tal darmos mais audiência para “os Matheus” do que para “os Mateus”?

O Matheus motoboy (literalmente com H) sem dúvida teve uma atitude nobre, tão jovem (19 anos de idade), educado (em valores e virtudes) mostrou equilíbrio e inteligência emocional e reverteu essa situação a seu favor, pois ganhou uma moto nova, está perto de atingir sua meta com arrecadação da vaquinha de R$ 150.000,00, além de se ficar famoso sendo exemplo para muitas pessoas e se tornando ídolo dos motoboys, isso sim merece ser viralizado!

Essa história veio de encontro com minhas emoções e sentimentos, me inspirando a escrever esse poema que fiz depois de dormir e descansar.

 

Os dois lados da moeda

Como é fácil julgar

Num constante indo e vindo,

Como as ondas do mar!!!

Somos uma sociedade marionete que gosta de apontar os dois dedos ao próximo,

Mas esquecemos que os outros três dedos estão apontados pra nós próprios.

Nos achamos perfeitos e sem defeitos, mas 

Esquecemos que nosso telhado também é de vidro,

Pois mais julgamos que ajudamos,

Vamos compartilhando achando que fazemos o bem,

E com isso somos reféns,

Reféns das consequências da sociedade,

Co-criamos os vários tipos de coringas, pois nem temos noção entre esquizofrenia, psicopata ou sã

E muito mais…

Não nos respeitamos mais,

Basta pensarmos diferentes na política ou religião,

Que a diversidade se torna adversidade.

Achamos que estamos contribuindo fazendo a diferença,

E nem pensamos,

E se fosse comigo, ou com meu pai?

Mais compaixão e menos reação!!!

Eduquemos nossa emoção!!!

A internet ou mídia social tem muita força e tal,

Sai viralizando por viralizar,

Sem as consequências analisar,

Apenas se baseia na imagem de segundos

Que podem ser editados em seus próprios mundos,

Num mundo sem fronteiras onde somos todos um,

Não importa a cor, etnia, ou religião, 

Que tipo de animais somos nós?

Não sei!!!

Que tal invertermos essa ordem e cada um de nós

Educarmos nosso sentimento para SER e TER mais Suporte

E quem sabe teremos mais sorte!!!

Fazer nosso algoritmo ser do bem sem ser mais um refém,

Contagiar, copiar e escancarar,

Tudo que é belo e exemplar

Amar, elogiar e respeitar, mas quando alguém errar, parar, refletir e se  lembrar:

“E se fosse comigo irmão”?

Somos humanos!!!

 

*Fontes:

https://www.dicio.com.br/emocao/

https://www.dicio.com.br/sentimento/

https://youtu.be/-FlbT9Li58Q

https://youtu.be/ekLcu9RnXg0

https://youtu.be/t8irKRdPJhE

https://youtu.be/mww8YrjL_m0

https://youtu.be/SUAQeBKiQk0

https://youtu.be/ekLcu9RnXg0

https://www.cvv.org.br/blog/voce-sabe-a-diferenca-entre-emocao-e-sentimento/

https://youtu.be/AIcO6f3CiP8

https://extra.globo.com/tv-e-lazer/treta-show/motoboy-humilhado-em-sao-paulo-ganha-14-milhao-de-seguidores-moto-nova-vaquinha-chega-r-112-mil-24575976.html

https://tribunadejundiai.com.br/mais/brasil/motoboy-que-foi-humilhado-em-valinhos-ganha-moto-de-luciano-huck-e-matheus-ceara/

https://olhardacidade.com.br/familia-de-jovem-que-humilhou-motoboy-em-valinhos-diz-que-ele-e-esquizofrenico/

 

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