“O Caminho do Artista”

O artigo de hoje é sobre o livro da autora Julia Cameron – O Caminho do Artista!!!

Afinal de contas: “De artista e louco todo mundo tem um pouco”!

Livro bom é quando você termina e coloca em prática o que aprendeu e esse livro vem me ensinando à praticar alguns cuidados e observações que gostaria de compartilhar.

Embora não seja um livro de autoajuda, ele nos ensina o auto cuidado através de aprender fazer pausas quando necessário, alguns exercícios como as escritas matinais e o encontro semanal com o artista que habita dentro de cada um de nós, independente de sermos um artista renomado ou não, ou seja, é para qualquer pessoa comum.

Recomendo a leitura, ja às práticas dos exercícios adaptei de acordo com meu tempo e personalidade.

No “samba lê-le” da rotina

Percebi com esse livro o quanto é desafiador se dedicar com qualidade de tempo a nós mesmos, pois muitas vezes nos distraímos no ter que fazer dinheiro, ou mesmo nas tarefas ou rotina do dia a dia, além das mídias sociais roubarem nossa preciosa atenção sem muitas vezes nos darmos conta.

O que mais me marcou neste livro e a autora nos mostra é: “como podemos criar” o hábito com o comprometimento de fazer uma conexão com o divino, com algo espiritual quando estivermos em processo criativo, seja uma simples idéia, ou algum projeto em mente ainda em processo embrionário, e mesmo para quem é ateu ou não acredite em Deus, ela recomenda: se conecte com aquilo de mais sagrado você acreditar, pode ser a natureza, por exemplo e vai sentir sua criatividade expandir e tomar forma.

É como uníssemos o grande “criador com a criatura” e esse retribui de  forma divina em forma de criatividade.

Qual o sentido da vida para você?

O livro é na verdade um curso com 12 semanas com alguns exercícios que ajudam a desbloquear nossa  criatividade seja em qualquer área da nossa vida para vivermos mais plenos, felizes e aproveito para fazer uma conexão com um outro livro que se chama: A morte é um dia que vale a pena Viver da autora médica Dra. Ana Claudia Quintana Arantes que é especialista em cuidados paliativos, (pessoas que vão morrer), aliás também recomendo.

E sabe o que as pessoas mais se arrependem em seu leito de morte? De não terem feito o que gostariam, de terem vivido uma vida para agradar aos outros e não a elas próprias e o lado positivo de tudo isso é que podemos dar sentido à nossa vida, nos disciplinando e conectando com nossa criatividade que é divina e sagrada.

Desbloqueando nosso artista

Escritas matinais, encontro com o artista, escrever frases e voltar no tempo lembrando de algumas pessoas, professores chefes, amigos ou algum membro familiar que tenha destruído ou contribuído para a destruição de algum projeto criativo embrionário.A maioria de nós já nós sofreu algum tipo de bullying quando criança, ou se sentiu por algum momento paralisado.

E desbloquear esses falsos julgamentos cura e liberta nosso artista, nos torna naturalmente criativos, no nosso dia a dia mesmo.

O hábito de escrever

Sobre as escritas matinais se resume em escrever 3 páginas por dia, sem filtro, sem auto julgamentos e sinto como se fosse um processo terapêutico o qual sou minha própria terapeuta.

O encontro com o artista é livre, à sua escolha, no meu caso às vezes faço caminhas, ás vezes faço da rotina de regar as plantas o encontro e bato altos papos com meus pensamentos, ou simplesmente observo a mim e tudo que posso a minha volta.

O desafio tem sido manter esse novo hábito, pois uma viagem ou um imprevisto que acontece é fácil deixar de fazer, acontece e aconteceu comigo algumas vezes, mas retomo assim que sinto saudades da minha artista que está em constante processo de transformação e criatividade.

Tudo tem 2 lados

Tudo é dual já dizia as leis herméticas, aliás esse será tema para um próximo artigo pois esse livro (O Caibalion Leis Herméticas),  também é um divisor na minha vida e os dois lados  que me refiro aqui são: para ser criativo precisamos ter o hábito de fazer pausas, aprender a dar um tempo para nós mesmos, mas como fazer isso se somos facilmente distraídos?

Observo em mim e a minha volta o vício com os celulares e o quanto essa ferramenta que tanto nos ajuda, também nos atrapalha pois rouba nossa energia além de um precioso tempo e tempo perdido não se recupera.

O compromisso de se levar a sério

Precisamos levar a sério nosso precioso tempo, praticando pequenas pausas para fazer reunião conosco da mesma forma que fazemos com o nosso trabalho e com o nosso chefe, nesse caso o chefe é o nosso artista.

Se o hábito é fazermos algo de forma automática, sem pensarmos se estamos com vontade ou não, como escovar os dentes por exemplo, acredito que podemos desenvolver esse hábito em forma de um ritual sagrado para administrar nosso precioso tempo com inteligência.

Um passo de cada vez

Sabemos que toda maratona começa num pequeno passo, portanto valorizemos cada passo dessa caminhada para que o artista que habita dentro de nós seja alimentado de forma inspiradora e quando nos distraímos por qualquer motivo, retomemos nos conectando com o divino.

A criatividade pode ser um processo de observações externas misturadas com as internas e ao meu ver, é um exercício diário e na medida que praticamos o ato de observar, à criatividade toma sua forma natural, se expande e passa à fazer parte da nossa rotina. Não se trata de criar grandes coisas, mas sim de pequenas grandes coisas.

 

“Oração do Artista

Ó Grande Criador,
Estamos reunidos aqui em seu nome
para que sejamos de maior serviço ao Senhor
e a nossos companheiros.
Nós nos oferecemos como seus instrumentos.
Nós nos abrimos à sua criatividade em nossa vida.
Nós abrimos mão de nossas velhas ideias
e damos boas-vindas às suas ideias novas e mais expansivas. Confiamos que nos guiará.
Confiamos que é seguro segui-lo.
Sabemos que o Senhor nos criou e que a criatividade
é a sua natureza e a nossa também.
Pedimos que desdobre a nossa vida
de acordo com seu plano, e não com nossa baixa autoestima. Ajude-nos a acreditar que não é tarde demais
e que não somos pequenos ou falhos demais
para sermos curados –
pelo Senhor e com nossa colaboração mútua –, tornando-nos inteiros. Ajude-nos a amar uns aos outros,
a alimentar o desabrochar uns dos outros,
a encorajar o crescimento uns dos outros

e a compreender os medos uns dos outros. Ajude-nos a saber que não estamos sós,
que somos amados e amáveis.
Ajude-nos a criar um ato de adoração ao Senhor.”

 

 

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