Este artigo é opinativo (5/12), baseado no livro 12 Regras Para A Vida – Um Antídoto Para O Caos do autor Jordan Peterson, um livro sobre valores, virtudes e comportamento humano, adianto que esta regra foi a que mais pegou, tem me feito pensar, re-pensar e refletir muito sobre a infância das crianças em geral, a minha infância, meu papel de educadora, a atual juventude, sobre a nossa sociedade e coisas que eu gostaria de ter aprendido quando era criança.
Sou mãe e como a maioria dos pais (normais) tento fazer o meu melhor. Educar foi, é e continuará sendo (mesmo meu filho estando com 32 anos) o maior e mais transformador desafio, pois cada vez que educo ou corrijo, também me observo, e quando necessário, aproveito para me educar ou me corrigir. A sutil arte de aprender quando se ensina.
“A responsabilidade para disciplinar uma criança”
“A responsabilidade dos pais é estabelecer regras claras. Estabelecer limites. Ensinar o significado da palavra NÃO, ser presente, ser atencioso.” Desenvolver a paciência com o bom humor para suportar as pirraças, chatices ou chantagens que as crianças usam quando são contrariadas para que nossos supostos “anjinhos” não sofram (ou o menos possível) as “monstruosas” consequências da escola da vida.
Pais ou Amigos?
Segundo o autor, muitos pais “buscam a amizade dos filhos e isso não é bom. Um filho terá muitos amigos, mas apenas dois pais (se tiver) e os pais são muito mais que amigos. Os amigos tem uma autoridade bem limitada para correção. Os pais são os árbitros da sociedade. Ensinam as crianças como se comportarem para que outras pessoas possam interagir de forma significativa e produtiva com eles.”
Os pais não querem se indispor ou “magoar” os filhos, esquecem que educar, disciplinar, estabelecer limites é amor e o maior presente que podemos oferecer ao filho.
Princípios e deveres
- “Limite as regras
- Use a força mínima necessária: recompensa e punição (aqui temos muito a aprender e muitos recursos)
- Os pais deveriam estar sempre juntos (o autor também aborda o caso de ter só o pai, ou só a mãe)
- Fator psicológico: os pais devem entender a própria capacidade de serem cruéis, vingativos, arrogantes, ressentidos, irritados ou traiçoeiros. Pouquíssimas pessoas planejam, conscientemente, fazer um péssimo trabalho como pais ou mães, mas uma criação ruim acontece o tempo todo.
“É o dever primário dos pais tornar seus filhos socialmente desejáveis.Isso fornecerá oportunidade, respeito próprio e segurança a criança.”
“Educar, disciplinar requer esforço e é desafiador. É ilusão pensar que as crianças são santinhas, algumas ou muitas vezes são cruéis, medem forças e podem ir aos gritos para conseguirem o que querem. Alimentação, sono, dividir brinquedos, ser organizadas, se comportarem nos lugares públicos, assim como os pais também devem recompensar quando merecer.”
Queria mesmo era copiar o capítulo todo aqui, li 3 vezes esta regra para absorver, acredito que pode ajudar os pais que tem dificuldades em disciplinar e recomendo a leitura do livro (inteiro), mas deste capitulo em especial. O autor trás dados, estudos, pesquisas, depoimentos esclarecedores que fazem muito sentido.
“As crianças devem ser moldadas e informadas, ou não serão capazes de prosperar. Crianças são desesperadas tanto das outras quanto dos adultos porque essa atenção que as torna partícipes efetivas e sofisticadas da comunidade, é vitalmente necessária.
As crianças podem sofrer tanto ou mais danos pela falta de atenção incisiva quanto pelo abuso físico ou mental. Este é o dano por omissão, ao invés por ação”.
“O pior cego é aquele que não quer enxergar”
“As crianças sofrem danos quando seus pais “compassivamente” desatentos fracassam na missão de torná-las espertas, observadoras e as deixam em um estado inconsciente e indiferenciado.” As crianças sofrem danos quando os pais por medo de chateação, não ousam mais corrigir. Essas crianças são mais lentas, pesadas, apagadas em vez de leves e radiantes. Crianças assim são ignoradas pelas outras, porque não é divertido brincar com elas”.
Escola da vida
Sabemos que no jogo da vida a gente apanha muito até que possamos aprender algumas lições: “Você pode escolher disciplinar seu filho ou delegar essa responsabilidade ao mundo cruel e indiferente – e a decisão pela segunda opção nunca deverá ser confundida com amor”.
” Regras claras produzem crianças seguras, pais calmos e racionais. Regras claras e disciplina apropriada ajudam a criança, a família e a sociedade que nos protege do caos e terror do submundo, em que tudo é incerto, desesperançoso, deprimente e provoca ansiedade. Não há presente melhor que pais comprometidos e corajosos possam oferecer.
O que gostaria ter aprendido quando criança…(pessoal)
- Brincar mais de escrever (diário, poemas), ser mais observadora e atenta.
- Não vou agradar a todos, vão ter crianças e adultos que não gostarão de mim e tudo bem. Ser educada, mas protegendo a autenticidade, independente se agradar ou não as pessoas.
- Excluir crianças, adultos e qualquer tipo de pessoa tóxica. Auto proteção. Auto amor.
- Confiar em mim quando estiver fazendo o que é certo, por mais que as circunstâncias ou outras pessoas não confiem.Ser a minha melhor amiga em todos os momentos.
- Fazer amizade com outras crianças, adolescentes e adultos melhores do que eu.
- Ler livros sobre valores, virtudes, assistir mais filmes infantis com mensagens construtivas, aprender yoga, Inglês, filosofia (infantis).
Os bons filhos e os pais responsáveis
“Regras claras e disciplina apropriada ajudam a criança, a família e a sociedade a estabelecerem , manterem e expandiram ordem, que é tudo aquilo que nos protege do caos do submundo. Não há presente melhor que pais comprometidos e corajosos possam oferecer.
“Não deixe que seus filhos façam algo que faça você deixar de gostar deles”
Até a próxima “regra” 6/12 – “Deixe Sua Casa Em Perfeita Ordem Antes De Criticar O Mundo”
Com amor e gratidão
Praticante e instrutora de Yoga. Graduada pela Inner Peace Yoga School em Utah, EUA onde moro. Durante a pandemia criei o estúdio de YogaOmLine tornando as práticas acessível para todas às pessoas, em qualquer lugar do mundo com o diferencial que é sentir sua própria essência divina.