Um momento de introspecção

Neste artigo, trago uma reflexão sobre o atual momento vivido por todos nós, independente do país e classe social a que estejamos inseridos.

Após tantas conquistas e avanços na área tecnológica, que nos permite obter informações em tempo real de qualquer lugar do planeta; inclusive obter imagens de outros planetas; avanços na medicina, com robôs programados para realizar cirurgias de alta precisão e, incrivelmente, substituir as mãos humanas; laudos de exames totalmente informatizados, sem o menor contato humano.

Mas parece que tudo ficou para um segundo plano, agora lidar com a perda da liberdade é o assunto da atualidade.

De repente tudo parou e tudo mudou !!!

Estamos assistindo à uma comoção, pessoas desconhecidas tentando ajudar as outras, por solidariedade e empatia. Se temos algo de bonito e esperançoso neste período de quarentena, é esta preocupação com o outro.

Vibramos com a diminuição do número de casos de pessoas infectadas na China; oramos para que os nossos irmãos italianos resistam, para que esse vírus dê uma trégua e seja derrotado.

No Brasil, as associações de bairro trabalham para ajudar os pequenos comerciantes a criar alternativas e a sobreviver em meio ao caos econômico, pois foram obrigados a fechar seus estabelecimentos.

Os contatos telefônicos foram distribuídos à população e o sistema delivery já funciona com intensidade . Prestigiar os pequenos comerciantes é um alto valor, sinal de compaixão. Vizinhos mais jovens se dispuseram a colaborar com os mais idosos, para que estes tenham a mão o que for necessário para conseguirem cumprir o período de quarentena sem exposição e, desta forma, ficarem protegidos.

Foi preciso passar por esta reviravolta para sermos obrigados a mudar a nossa rotina, acostumarmos a nos recolher e, com isto, as reflexões são inevitáveis.

Por uma medida cautelosa do governo, fomos intimados a trabalhar em casa, as escolas e faculdades se organizaram para prosseguir com o ano letivo, sem prejudicar os seus alunos.

Fomos convidados a ir mais à cozinha, preparar nossas próprias refeições e, com isto, a qualidade nutricional pode melhorar se
usarmos esta chance com consciência e sabedoria. Em alguns países, como o Brasil, em que as condições sociais e culturais permitem ter ajudantes domésticas , elas foram convidadas a se manter em suas próprias casas, para que ficassem protegidas, e todos os membros da família tiveram que assumir este trabalho.

 

O lado construtivo dessa situação

As famílias estão se ajudando mais, maridos e filhos estão participando e finalmente, as coisas da casa passaram a ser assunto da família, não mais só da mulher. Sim! Por incrível que pareça, várias famílias ainda funcionam no esquema antigo, mulheres se responsabilizando por todas as tarefas, enquanto os outros membros relaxam.

Trabalhando como psicoterapeuta há anos, sempre me preocupei em abordar com os meus pacientes o lado construtivo de que cada fato vivido pode nos trazer.

Infelizmente, precisamos que um vírus nos fizesse interromper a rotina alucinante e insalubre, com excesso de horas dedicadas ao trabalho, horas estressantes passadas no trânsito para o deslocamento para tantos compromissos inadiáveis.Tantas mães e tantos pais que priorizavam seus compromissos profissionais, em detrimento dos familiares.

 

 

 

Pois é minha gente, parece que temos muito a refletir sobre qualidade de vida, qualidade das relações amorosas, familiares, amizades.Temos muito a refletir sobre que futuro queremos para nós, nossa família, nosso país. Vamos aprender a fazer um momento de introspecção, pela nossa saúde.

 

 

 

 

 

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