Produção Independente e a Mulher Moderna

 

O desejo de ser mãe é algo intrínseco em muitas mulheres

Cada vez mais mulheres optam por ter filhos, independente de ter ou não um relacionamento. Ou seja, hoje em dia, ter um filho não é uma condição atrelada ao fato de se ter um parceiro.

Nestes casos, o acompanhamento da gravidez começa bem antes dela acontecer, já no processo de gerar o embrião em um laboratório.

Neste post, esclareceremos as principais dúvidas sobre o processo de produção independente.

O que é a produção independente?

A produção independente é o caminho para se gerar um filho, sem a obrigatoriedade de se existir um relacionamento homem/mulher.

E é a possibilidade de uma pessoa poder ter um bebê sem necessariamente haver um parceiro do sexo oposto para tal.

Isto só é possível graças ao avanço das técnicas de reprodução assistida.

Quem pode se beneficiar destas técnicas?

Qualquer pessoa tem direito a realizar os procedimentos de reprodução assistida para produção independente.

Mulheres ou homens sem parceiros e casais homoafetivos são os principais beneficiários destas técnicas.

Existem bancos de gametas (sêmen e óvulos) que são utilizados para realizar este sonho.

No caso de homens ou casais homoafetivos masculinos, é necessário haver útero de substituição (conhecido como “barriga de aluguel”).

Os números da produção independente vêm crescendo rapidamente no Brasil.

Segundo a Anvisa, até meados de 2010, o principal grupo que recorria a bancos de gametas eram os casais heterossexuais com infertilidade.

Agora, esses casais representam 50%; a outra metade é composta por casais homoafetivos e pessoas que partiram para a produção independente.

 

Como funciona a doação de gametas?

No Brasil, a doação de gametas é anônima e não pode ter fins lucrativos.

Quem compra os gametas não pode saber a identidade do doador. Esse doador também não pode receber auxílio financeiro pelo gameta doado.

Os doadores passam por uma investigação da história da sua vida e da sua família (para afastar probabilidades de doenças genéticas graves), exames clínicos e laboratoriais (hepatites, HIV, HTLV e sífilis) e avaliação da fertilidade.

Ao escolher o gameta, na maioria das vezes, a pessoa busca por material que seja compatível com suas características físicas, como tom de pele e cor de cabelo.

É possível escolher gametas de bancos nacionais ou internacionais.

A partir daí, com orientação de um profissional, irá escolher o método mais adequado para gerar seu filho, na maioria das vezes fertilização in vitro.

E para casais homoafetivos?

Em 2013, o Conselho Federal de Medicina (CFM) passou a deixar clara a permissão de casais homoafetivos procurarem o procedimento de fertilização in vitro.

Para os casais formados por duas mulheres, o material genético masculino também vem da doação de sêmen.

No entanto, é preciso escolher qual das duas futuras mães doará os óvulos e/ou carregará o embrião.

A doação de gametas por parte de um parente das parceiras não é permitida.

Para os casais homoafetivos masculinos (bem como para produção independente masculina), é necessário óvulos de doadora (anônima, de banco de gametas) e de um útero doado temporariamente para o procedimento de gravidez.

Neste caso, torna-se necessário que uma parente de até quarto grau (mãe, irmã, filha, sobrinha, tia ou prima) receba o embrião e faça o pré-natal do bebê gerado por técnicas de reprodução assistida.

 

Onde procurar estes tratamentos?

Clínicas de fertilização ou ginecologistas especializados em reprodução humana são os profissionais mais adequados. Estes profissionais podem ajudar na condução para as melhores opções de tratamento.

No mundo moderno, vivemos em uma pluralidade maravilhosa na definição de família.

Independente de como ela seja constituída, o importante é que, onde existe amor, existe SIM uma família.

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