Primeiramente, para abordar este assunto, é de máxima importância definir o significado do termo “zona de conforto”.
Para a Psicologia, zona de conforto simboliza uma série de ações, pensamentos e comportamentos que uma pessoa está acostumada a ter e que não causam nenhum tipo de medo, ansiedade ou risco, onde ninguém se sinta ameaçado.
Falsa sensação de controle
Se você é uma pessoa que interpreta as mudanças como um caminho inseguro e que pode fugir ao seu controle, tenderá a manter-se estagnada e presa à rotina, dedicando-se ao mesmo trabalho, na mesma empresa, ocupando o mesmo cargo, com o mesmo salário, os mesmos benefícios…muitas vezes com desconforto e sentimento de frustração.
Você evita se expor a riscos, evita ser avaliado negativamente, com uma falsa sensação de estar mantendo tudo sob controle. A notícia ruim é que o controle absoluto sobre tudo o que pode acontecer é uma falsa ilusão.
A boa notícia é que você pode mudar isto!!!
Você só conseguirá criar novas habilidades, descobrir seus potenciais adormecidos, sair da inércia, desafiar-se e, aos poucos, dar passos cada vez mais firmes e distantes da redoma de vidro que a acomodação gerou, criando habilidades e se expondo à estímulos diferentes.
Quebrando a força do hábito
Sim, a proposta pode gerar desconforto e a verdade é que só sairemos da zona de conforto quando nos sentirmos incomodados com a estagnação e conseguirmos interpretar o medo e a insegurança que nos mantem aprisionados.
Mudanças em nossa rotina e nos hábitos de vida levam tempo para fazer parte do nosso repertório e tendemos a rejeitá-los, afinal de contas, é mais fácil permanecer em um lugar medíocre, porém conhecido, do que sair do anonimato e aceitar passar por um período de novos aprendizados que vão exigir mais estudo, maior dedicação e ir em busca de contato com pessoas que saibam mais e, assim, abrir novas oportunidades de crescimento e reconhecimento.
A solução é o autoconhecimento
Para que você se autoavalie constantemente e busque fugir da estagnação, te proponho fazer as seguintes reflexões:
- Quais são os meus medos?
- Quais resultados diferentes busco fazendo sempre o mesmo?
Levando em consideração que não existe sorte, e as nossas conquistas são fruto do nosso empenho, da nossa determinação, da persistência, dos estudos em áreas complementares que nos tragam novas ferramentas, novos aprendizados, dos ótimos contatos pessoais e profissionais…responda com sinceridade para si mesmo:
- O que ainda te mantém paralisado?
Psicoterapeuta que utiliza da modalidade online , para pessoas que moram em outras cidades e estados brasileiros e de brasileiros que moram no exterior.
Psicóloga graduada pela Universidade Paulista Unip.
Com Especialização em
– Teoria e clínica psicanalítica
– Neuropsicologia
– Psicologia do Esporte
– Transtornos alimentares
-Integrante da equipe multidisciplinar do Ambulim- ambulatório dos transtornos alimentares do IPq- HCFMUSP.
– Supervisora dos terapeutas da equipe de Cãoterapia na enfermaria do Comportamento Alimentar do Ambulim- IPQ HCFMUSP.
– Pesquisadora na área dos Transtornos Alimentares do IPQ- HCFMUSP.
– Coautora do livro “Como lidar com a automutilação “ Editora Hogrefe, 2017.