Estilo de vida e fertilidade: o que eles têm em comum?

Muitos casais que estão passando por alguma dificuldade para engravidar se perguntam: o que estamos fazendo errado? Algumas vezes, a resposta está no próprio estilo de vida do casal. Vamos então listar abaixo algumas atitudes simples (e outras nem tão simples assim) que podem ajudar a melhorar muito o potencial de fertilidade.

– Cuidar do peso

Diferentes estudos afirmam que o baixo peso (IMC menor que 17 kg/ m2) e as condições de sobrepeso ou obesidade (IMC maior que 25 kg/m2) estão associados a um aumento das taxas de infertilidade ou a desfechos gestacionais indesejados. Assim, o excesso de peso, assim como a magreza excessiva, podem resultar em falhas na produção hormonal. Como consequência, a produção dos gametas (óvulos e espermatozoides) pode ser prejudicada, assim como sua qualidade.

 

– Manter uma alimentação saudável

Uma pesquisa com 5 mil mulheres de todo o Brasil mostrou que 15% considera a alimentação não saudável. Uma alimentação que contribua para a fertilidade não precisa ser uma dieta restrita. Existem muitas crenças populares de que certos alimentos aumentam a fertilidade e as chances de engravidar. Porém, a maioria não tem base científica. O que realmente importa é o conjunto de hábitos alimentares saudáveis, e não apenas o consumo de determinados alimentos. Investir no consumo de frutas, verduras e evitar alimentos ultra processados é um excelente caminho para um melhor potencial reprodutivo.

 

– Não fumar

O consumo de tabaco pode interferir na qualidade e na quantidade dos óvulos e dos espermatozoides. Além disto, pode alterar a motilidade das trompas e aumentar os riscos de aborto. Não há nível seguro para sua utilização. Desta forma, casais em busca de gestação devem parar de fumar o quanto antes.

 

– Reduzir o uso de álcool

Nos homens, o álcool reduz os níveis de testosterona, bem como a qualidade e a quantidade do espermatozoide. Além disso, pode afetar o desejo sexual e levar o indivíduo à impotência por prejudicar a ereção. Já nas mulheres, o álcool pode interferir na produção hormonal, alterar o desejo sexual e reduzir os índices de ovulação e a qualidade dos gametas.

 

– Manter atividade física regular

A ausência (ou também o excesso) de exercícios físicos podem prejudicar o potencial reprodutivo. Por um lado, o sedentarismo pode contribuir para obesidade e anovulação. Por outro, níveis extenuantes de exercício podem afetar diretamente os níveis hormonais do ciclo reprodutivo, piorando a qualidade dos gametas ou mesmo levando a dificuldade de ovulação. Vale lembrar também que certas atividades como o ciclismo e a equitação que podem afetar o potencial reprodutivo do homem, por alteração de temperatura e por traumas repetitivos nos testículos.

 

– Controlar o stress

Não há dúvida de que o stress tem uma enorme influência no nosso estado de espírito, sensação de bem-estar, comportamento e saúde. Como consequência, podem levar a alterações menstruais e ovulatórias. Assim, práticas que diminuem stress como ioga, pilates, meditação e terapias psicológicas podem melhorar as taxas de gestação. Além disto, investir em uma boa noite de sono também pode ser muito útil para programar a chegada do bebê.

 

Mais do que mudar seus hábitos para se preparar para uma gestação, estas medidas são importantes para uma vida saudável. Talvez o passo mais importante de todos seja simplesmente repensar suas atitudes, focando no bem-estar e na saúde.

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