Meio século!
Sim, completo 50 anos esse mês e sem nenhum receio ou tristeza por assumir essa quantidade de tempo vivido.
Chegar aos 50 anos é algo mágico e ao mesmo tempo, intrigante.
Por pensar no que vivi até aqui e o que me espera nos próximos anos.
Muitas questões veem à tona, mas também é gratificante olhar para trás e reconhecer tanta coisa boa que passou no meu caminho.
Tudo que aprendi e ensinei. E o que evoluí, dando e recebendo amor.
É um presente e tanto!
O que se perde … o que se ganha!
Analisando muitas coisas (sim, porque esta fase é também questionadora), cheguei a conclusão de que na medida que ganho rugas e cabelos brancos, perco as inquietudes da vida.
Não dá mais para perder tempo com o que não agrega, não agrada, não faz feliz e não dá a certeza que estamos vivendo os momentos da forma mais produtiva, porque talvez o número de anos a viver com intensidade, é bem menor do que o já vivido.
Tempo, transformação e realização.
Acredito que estas 3 palavras tem o poder de condensar o nosso processo ao longo da vida, do nosso banco de horas, que é indefinido para todos nós.
É fato que ao nascer já estamos contando o tempo, reduzindo 24 horas a cada dia.
E também, as transformações fazem parte de todas as etapas.
Todos os dias nos transformamos. São mudanças pequenas que vão compondo o todo de cada fase.
Do crescimento de um bebê, às inquietações da juventude, até as mudanças de um velho…
E o que vale mesmo são as realizações em cada uma delas.
O que esperam e o que esperamos?
O que esperam de nós e o que fazemos por nós mesmos para evoluir e nos sentir realizados:
No fim das contas, essa é a missão de cada um.
A sociedade nos cobra algumas coisas, faz parte do processo.
Mas, acredito que o ponto principal é o balanço a ser feito em cada etapa; o que fiz para me sentir realizado, feliz?
Qualquer que seja a meta, fora ou dentro dos padrões estabelecidos, é preciso responder a esta pergunta.
A resposta é que vai traduzir o quão pleno estamos vivendo determinado momento.
Por isso, chegar aos 20, 30, 40, 50, 60 anos ou mais, é só uma questão de tempo x transformações naturais x realizações pessoais.
A filosofia na pureza de uma criança!
Preciso contar o que me fez gargalhar dia desses, numa conversa com uma menina de 8 anos, que lançou a pergunta em um sala lotada de adultos.
– Quantos anos você tem?
Após risos e vários comentários de todos, respondi:
– Não tenho nenhum problema em falar minha idade, Sophia. Tenho 50 anos ( já antecipei para dar peso). É muito ano para contar, você não acha?
Ela respondeu: É. Minha vó tem 67!
Mais risos na conversa e eu continuei… então, sou um pouco mais nova do que a sua avó.
Continuamos na brincadeira com ela me pedindo para adivinhar a idade dela. Chegamos na resposta certa: 8 anos.
Para encerrar o assunto, filosofando, lancei:
– Sabe o que é o bom da vida, Sophia? É que eu já tive 8 anos um dia.
E para fechar com chave de ouro ela me respondeu: Sério ???????????
Foi uma gargalhada geral e serviu para concluir que essa é a coisa boa da infância. A pureza sem o entendimento de tudo na vida. E sem travas.
Valeu a reflexão, Sophia! E também a piada verídica para contar para os amigos.
E como não falar das borboletas?
Impossível falar de transformação e não inserir as borboletas.
Um ser lindo que tenho um carinho e relação especial.
Ao longo de sua curta vida, a borboleta sofre uma série de transformações, as chamadas metamorfoses.
A cada etapa ela tem um objetivo no ciclo, coisas a fazer e a viver, para que no final ela se transforme no ser alado que voa livre e leve, realizando seu trabalho de polinização das flores.
Em uma análise sobre as borboletas cabem muitas reflexões e metáforas. Talvez seja tema de um outro artigo.
Mas, para concluir, acho que gosto tanto das borboletas porque elas nos ensinam que na vida tudo é transitório e que é através dos desafios que conseguimos nos transformar.
Cada tempo tem seu momento especial.
Falo com todo carinho e orgulho dos meus 50 anos.
É mais um ciclo de vida a cumprir.
Mais um momento que tenho que viver na plenitude tudo que ele oferece! E ser feliz.
Agradecer muito tudo que me trouxe até aqui e já agradecer por tudo de bom que vai me levar até ao fim. É nisso que acredito.
Não tem como voltar.
Não tem como pular.
Só viver!
A minha assinatura
Já repararam que a minha assinatura é “ A vida sempre em transformação”?
É sobre tudo que falei acima.
Não tem um dia igual ao outro.
O mundo muda e nós mudamos.
Sempre há uma transformação em nossa vida, pequena ou grande.
A cada dia, estamos mudando um pouco e fazendo uso do nosso banco de horas, reduzindo o saldo.
Então, desejo a todos, qualquer que seja a fase, que seja vivida da melhor forma, encontrando sua missão de vida para plena realização.
E que a gente tenha sempre muito para agradecer.
Já em comemoração e gratidão por mais este ciclo, deixo um beijo.
Fabiana Maia
Ƹ̴Ӂ̴Ʒ A vida sempre em transformação.
Publicitária, formada em Comunicação Social com especialização em Publicidade e Propaganda e pós graduada em Administração & Marketing, Diretora de Mídia na Talent Marcel e foi professora nas universidades FAAP, Anhembi Morumbi e Mackenzie.