*Texto escrito por Luah Galvão – Comunicadora 360 e colunista do blog ” O que te Motiva” no portal da Revista Exame e Renata Orrico – Produtora executiva e empreendedora da Enjoy Conteúdo.
4. Você não constrói uma empresa, você constrói um time!
Se o mundo já estava mudando em uma velocidade exponencial, agora o COVID-19, nos provoca ainda mais reflexões e transformações. Nada tem escapado dessa necessidade de revisão.
O insight de hoje traz a comunicação para o centro da pauta.
Mais do que nunca, a maneira de se comunicar está em jogo. Estabelecer uma comunicação saudável, eficaz e com empatia é muito importante para manter a equipe motivada.
Muitas empresas vêm adotando, cada vez com mais frequência, a prática da “Comunicação não-violenta”. Se você ainda não conhece a CNV como é mais conhecida, vale a pena começar algumas pesquisas na área.
O cerne da CNV é a comunicação empática: dar valor aos sentimentos e necessidades do outro sem julgamentos, ter sensibilidade social para perceber o que o outro está sentindo e precisando.
A CNV vem ganhando força nas organizações, permitindo uma conexão maior entre as pessoas, ajudando a criar laços e parcerias mesmo em situações mais delicadas. A empatia ganha destaque, pois exige uma escuta mais ativa e a intenção de se colocar no lugar do outro.
Este conceito surgiu na década de 60 através dos estudos do psicólogo americano Marshall Rosenberg, que em 1984 fundou uma ONG batizada de “Centro para Comunicação não-violenta”. Essa organização se dedica à divulgação e promoção desse processo pelo mundo.
Marshall também escreveu o livro “Comunicação não-violenta: Técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”, que se tornou um best-seller mundial. No livro, Marshall explica o conceito da seguinte forma:
“A CNV se baseia em habilidades de linguagem e comunicação que fortalecem a capacidade de continuarmos humanos, mesmo em condições adversas. Nossas palavras, em vez de serem reações repetitivas e automáticas, tornam-se respostas conscientes, firmemente baseadas na consciência do que estamos percebendo, sentindo e desejando”.
Praticar a “Comunicação não-violenta” nos ajuda a focar na solução de problemas diante de um cenário onde os colaboradores se sentem mais à vontade para expressar suas ideias e intenções. Esse ambiente de confiança gerado pela CNV, acaba promovendo resoluções menos doloridas e mais assertivas. O time se sente pertencente a um ambiente muito mais cooperativo e colaborativo.
A comunicação pautada na verdade também tem que ser levada em consideração. Hoje, a transparência involuntária virou a tônica do momento. A verdade tem emergido com força em nosso mundo contemporâneo. Estamos tão interconectados que os espaços para manobras e dissimulações estão ficando cada vez menores. Olha que bom!
Hoje as paredes realmente têm ouvidos, então, quanto mais pautarmos nossas ações na verdade e naquilo que é o correto a ser feito, melhor. A verdade não tem contra-indicação. Ela é o pilar mais seguro para comunicação que existe.
Estamos todos aprendendo com os novos tempos e quanto mais estivermos abertos às novas lições, mais estaremos alinhados ao futuro em construção.
Para fechar, vamos usar a citação do Mauricio Benvenutti, sócio da StartSe e autor do livro “Incansáveis”:
“Você não constrói uma empresa, você constrói um time e o time constrói uma empresa. O resultado que uma empresa entrega e gera é fruto do trabalho de um time.“
O mundo já mudou e essa mudança pede também uma revisão da maneira com que nos comunicamos. A comunicação mais assertiva, humana e empática gera conexões cada vez mais reais. E assim, vamos construindo um mundo melhor.
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Praticante e instrutora de Yoga. Graduada pela Inner Peace Yoga School em Utah, EUA onde moro. Durante a pandemia criei o estúdio de YogaOmLine tornando as práticas acessível para todas às pessoas, em qualquer lugar do mundo com o diferencial que é sentir sua própria essência divina.